quarta-feira, 4 de abril de 2012

As curvas de Rotterdam

Sim, eu sumi. Mas continuo viva. Saltei de pára-quedas nos estudos da de mestranda e fui sugada  pela turbina, ou seja, quase zero de vida social, ou qualquer atividade de interação humana. Bom, vamos fazer um resumo do último mês: fiz duas viagens: uma para Rotterdam e outra para Leuven e Bruxelas, na Bélgica - esta última por conta de um congresso estressante mas bem interessante que vamos falar em outro post. Em segundo lugar, a primavera finalmente chegou ao continente europeu - apesar de a previsão do tempo para amanhã ser de neve. E também teremos um textinho sobre esse assunto ainda essa semana. Prometo.

Mas vamos ao que interessa e chega de embromação por aqui! A dica de viagem do dia é Rotterdam, no sudoeste da Holanda, a uma hora de trem de Amsterdam e local de um dos maiores portos da Europa. 

À direita, A casa Branca, primeiro prédio holandês em estilo americano; a construção é do século 18. Destaque para a ponte Willemsbrug, com quase 400m de extensão, do mesmo século e renovada em 1981


A cidade basicamente vive em torno dos navios, contêiners e frutos do mar (já está dada a primeira dica do que pedir no cardápio do restaurante). Mesmo quase sendo totalmente destruída durante a segunda-guerra, a cidade mantém boas construções históricas, além de ter uma forte tradição estudantil. Com mais de 600 mil habitantes de 173 nacionalidades, a cidade é com certeza uma poderosa atração turística com destaque para a arquitetura moderna e irreverente, mesclada com prédios antiquíssimos, e que toma parte de boa parte da cidade. 


O passeio durou três dias. Fiquei em um hotel a cinco minutos à pé da estação central ( Crown, 4* e com diárias a partir de 65 euros em quartos duplos, com café da manhã incluso) - tática adotada para qualquer passeio: ficar perto do transporte público mesmo que isso custe alguns euros a mais. O transporte coletivo é muito bom, com ônibus, bondes e trens de superfície. Além disso, da estação, saem trens para várias cidades da Europa, incluindo capitais. De maneira geral, prefiro andar a utilizar o transporte coletivo dos locais que visito, acho super bacana poder olhas as vitrines, parar para tirar fotos, mudar a rota inesperadamente (alguém mais?); então frequentemente opto por um hotel no centro e próximo aos locais que quero visitar. No final das contas, utilizei o bonde somente à noite, para voltar ao hotel ou visitar alguma atrações mais afastadas, como o distrito tradicional de Delfshaven. 


Cheguei em um sábado de meio-dia e fui correndo para as casas cúbicas (Cubic Huis), construção super curiosa, inaugurada em 1984 e desenhadas pelo arquiteto Piet Blom, que sempre afirmou que seu objetivo era a estética ao invés da funcionalidade. A despeito disso, além de ser uma das maiores atrações da cidade, é, também, um dos locais mais caros para se viver, e as casas de 70 m2 podem chegar até 300 mil euros. O local abriga um museu, lojinhas, salão de beleza e um hostel (albergue). Fiquei encantada e intrigada com as formas (a construção inclina-se 45 graus sob o solo) e as cores e acredito que o pessoal da área de arquitetura ficaria encantado em conhecer. À noite, há vários clubs e restaurantes que funcionam à beira da construção e no subsolo. Próximos à casa estão a White House e a Willemsbrug, valendo a visita também. 


O melhor é que o passeio é de graça, a não ser que você queria visitar o museu que exite em uma das casinhas - e que pode ser a única oportunidade de vê-las por dentro. A entrada custa 2,50 euros e além dos móveis e da perspectiva que se tem de dentro para fora, não há nada além. 



Como já estava meio tarde e todos os pontos turísticos fecham por volta das 17 horas, a opção foi dar uma volta pela cidade. Como as compras continuam noite à dentro, a ideia foi dar uma volta no centro comercial da cidade, que, por sinal, conta com outras curvas arquitetônicas bem interessantes ou seculares. Vale o click! 


O site de turismo da cidade oferece várias outras dicas de passeio para quem vai ficar vários dias (mas um final-de-semana já dá para fazer muita coisa). Além disso, o Holland.com dá dicas de outras cidades a serem visitadas na Holanda, com sugestão de passeios, hotéis, transporte e tudo mais!

E amanhã (prometo) tem mais Rotterdam, com direito à medo a 200 metros de altura! 
:)

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