domingo, 23 de outubro de 2011

Na terra do drácula

Não, não estou louca. Não fui à Pensilvânia, Transilvânia ou sei lá qual "ânia", mas passei pela terra do Drácula, em Whitby, na Inglaterra. Bram Stoker escreveu o famoso romance enquanto passava um verão na cidade, então dá para imaginar o orgulhinho que o pessoal de lá tem com esse fato. Além disso, durante o século 19, vários escritores passaram por lá e diz a lenda que a cidade é uma fonte de inspiração para todo mundo que quer escrever alguma coisa de sucesso - peguem seus laptops e embarquem no primeiro avião para lá!

Bom, o dia tava lindo por lá, o sol brilhava, o céu não tinha nenhuma nuvem. Para completar, a brisa soprava e as gaivotas cagavam em nossas cabeças, ou seja, um típico final de semana na praia. Para tanto, nada melhor que o visual apropriado: galochas, meia-calça de lã, jeans, malhinha de algodão pra esquentar, casacão de lã tricotado pela mamãe e cachecol. Sim, meu povo do Brasil varonil! Aprendam que por aqui, sol não quer dizer calor. Sol não quer dizer shortinho e havaianas. Sol não quer dizer a tarde esticada na areia torrando igual um camarão. Sol quer dizer, apenas, que o vento não estará tão gelado como sempre é.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Noviça Rebelde de Edimburgo

Sexta-feira que não é 13! (Porque de 13 já bastou a quinta-feira que eu cai da escada, quebrei um dente e tive que ir atrás de um dentista (parêntesis dentro do parêntesis: cada dia é realmente uma aventura pela sobrevivência por aqui)). Quer coisa melhor que poder beber uma boa taça de vinho no almoço e ficar a tarde toda sem fazer nada?! Então, depois de uma semana cheia de imagens de Edimburgo pra vocês, é óbvio que guardei o melhor para sexta-feira, porque, afinal, final de semana ta aí pra gente curtir onde quer que estejamos!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A vida Real

Quando eu gosto de algo eu realmente gosto. Arrepio quando estou em um lugar deslumbrante. Sinto que meu coração vai explodir de saudade dos meus amores porque gostaria de compartilhar cada momento de descoberta com eles. Desta vez não foi assim. O Castelo de Edimburgo não me deixou arrepiada ou com o coração aos pulos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A cúpula


Pé direito com 15 metros, piso trabalhado em pastilhas com um desenho do imperador Alexandre, “O grande” (não, não é o jogador de futebol. Alô aula de história!), lustres de cristal com quase dois metros de altura, luzes amareladas, um bar no centro do salão todo entalhado em mogno do século 18. No alto, uma cúpula com cinco metros de diâmetro. O chão do banheiro coberto de mármore branco em placas de um metro, espelhos com alto relevo de folhagens, louça em porcelana preta, papel de parede vermelho com flores em tons de amarelo, rosa, laranja. Nada mal para o início de um sábado à noite, não? Esta é “A cúpula”, ou, “The Dome”, um dos bares mais incríveis que tive o prazer de conhecer.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Edimburgo: whisky, fantasmas e catacumbas

Eu não sabia muita coisa sobre Edimburgo (ou Edinbráh, como falam por aqui), só sabia que era por perto e que, portanto, eu deveria aproveitar a oportunidade de dar um pulinho até ali. E meu “pulinho” foi de sábado à segunda-feira.
Confesso que esperava um pouco mais da cidade. Não sei, as vezes devo ter sido mal informada sobre os programas. Cheguei em uma manhã chuvosa e fria, fui direto ao centro de informações turísticas e a atendente parecia meio perdida. Não sei se era seu primeiro dia, se ela fora transferida, se brigou com o namorado ou se tava de ressaca. O fato é que a moçoila não sabia me falar da programação da cidade – porque se for pra ver apenas pontos turísticos e monumentos, basta olhar no guia.

sábado, 8 de outubro de 2011

A primeira lavagem de roupa a gente nunca esquece


Essa semana foi dia da primeira visita a uma lavanderia europeia. E isso a gente nunca esquece. Porque as trapalhadas acontecem quando menos se espera. Se você está prestes a passar pela experiência, aí vai uma dica: quebre o cofrinho. Sim, leve todas as moedas que tiver, esvazie os bolsos, as bolsas, as gavetas.  Não esqueça o seu sabão em pó e amaciante. E um relógio. E um alarme. E paciência.
Para começar, eu não sabia abrir a porta da lavanderia. Sim, uma simples porta! Como uma porta, fiquei uns dois minutos empurrando e puxando a bendita coisa de um lado para o outro. Dois caras que estavam fumando em um local próximo me olhavam e riam. E lá estava eu, de moletom, bota, com uma cesta de roupa suja, muitas moedas jogadas em cima da pilha de roupa, uma caixa de Ariel e um litro de amaciante, tudo isso em uma mão, porque na outra, além de brigar com a porta, ainda tinha que segurar o celular e a chave o apartamento. No final, caiu tudo no chão. Isso! E lá fui eu, catar todas as moedinhas perdidas. A essa altura acho que o pessoal ficou com pena de mim. Um deles, então, parou do meu lado e apontou um aviso na parede ao lado, que mostrava que a entrada era por outra porta!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dia calorento em York


Finalmente o sol resolveu aparecer por essas bandas no final de semana. Mas, como o dia amanhece com 13°C, até o sol se por chega aos 26°C e depois das 19 horas cai para 10°C, é óbvio que eu não podia deixar de arrumar um resfriado daqueles regado à Afrin para desentupir o nariz. E, quando a gente amanhece assim o melhor que se tem a fazer é ficar na cama, curtindo a preguiça, assistindo um filme e se empanturrando de besteiras, certo? Acontece que eu adoro viver perigosamente! Então, para colaborar com meu estado viral, acordei logo às 7horas, me aprumei e peguei um ônibus com uns amigos para a cidadela de York, aqui ao lado (nem preciso dizer que depois de um dia inteiro caminhando embaixo do sol meu estado gripal não é dos mais brandos).
Sábado, um dia lindo de céu azul e sem nuvens, não poderia deixar de ter trapalhadas e elas começaram logo na primeira parte da viagem, dentro do ônibus. Eis que em nosso quarteto fantástico não havia ninguém que sabia onde era a tal da cidade, em qual altura do percurso a gente tinha que descer. Sabíamos apenas o número do busão que deveríamos tomar e a hora de embarque. Por sorte encontramos duas senhorinhas super simpáticas que também desceriam no mesmo local que nós, “oba, já não vamos mais parar no local errado”. Chegando lá, as duas ainda nos deram super dicas de lugares para visitar e ressaltaram: “vocês tem que ir ao castelo, não esqueçam do castelo. É naquela direção” – e apontaram o local. Ok, nota mental anotada, decidimos deixar o deslumbrante castelo para o final da tarde, a fim de fecharmos o dia com chave de ouro. E lá fomos nós para uma caminhada em ruelas estreitas cheias de turistas com dezenas de sacolas, filas intermináveis em todos os restaurantes e um sol quente queimando a cabeça. Vida de turista é assim. Especialmente se você decidir viajar em um final de semana.

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